Era Uma Vez, Marionetas é uma companhia que se dedica ao Teatro de Marionetas.
José Carlos Alegria, nasceu em Évora corria o ano de 1953. Sob a direção de Mário Barradas e de Luís Varela, fez o curso de formação de atores do Centro Cultural de Évora (1977/1979). Trabalhou como ator no Centro Cultural de Évora, no Teatro da Rainha e no Centro Dramático de Évora. Durante seis anos foi um dos atores que deu vida aos Bonecos de Santo Aleixo.
Em 1991, José Alegria criou o seu próprio teatro de marionetas, Era Uma Vez, Marionetas. Ao lembrar-se de uma conversa com um grande amigo marionetista, Horacio Herman Köncke, foi à biblioteca infantil da sua filha, procurar um conto que pudesse fazer sozinho com bonecos. Contar histórias com marionetas, fazer teatro de marionetas, era esse o seu desejo, e continua a ser até aos dias de hoje.
No ano 2000, o seu filho, Miguel Meira Alegria, nascido em 1980 em Évora, juntou-se à companhia. Com o seu pai e outros mestres marionetistas aprendeu esta arte, sendo também o responsável pela composição musical de diferentes espetáculos e pela técnica de luz e som dos espetáculos. A sua filha, Margarida Meira Alegria, nascida em 1987 em Évora, licenciada em Teatro, juntou-se lhes em 2006, onde também aprendeu a arte do teatro de marionetas através do contacto com grandes profissionais.
Estava criada uma companhia familiar. A formação dos dois filhos nesta área vem de tenra idade e continua possibilitada pela convivência com grandes mestres marionetistas de todo o mundo, pela experiência do seu pai, mas também pelo facto de a sua mãe, Ana Maria Pereira Alves Meira, ser uma das marionetistas dos Bonecos de Santo Aleixo e uma das responsáveis pela organização da BIME – Bienal Internacional de Marionetas de Évora, desde 1987. Em 2022, Marta Belga Robalo juntou-se a esta equipa, enquanto terminava o seu mestrado em Estudos e Gestão da Cultura.
Os cenógrafos Vasco Fernando, António Canelas, Iria Kovacs e Amândio Anastácio fizeram a quase totalidade dos bonecos e cenários. António Galhano e António Canelas, entre outros, foram os construtores das estruturas de alguns dos retábulos. Alexandre Tavares, João Cordeiro e Fernando Rodrigues trabalharam com Miguel Alegria na composição musical de alguns espetáculos. Álvaro Corte Real e Vasco Chaveiro, entre outros fotógrafos, foram responsáveis por alguns dos registos fotográficos. Todos estes e outros artistas plásticos, costureiros, marceneiros foram fundamentais para a construção dos espetáculos de teatro de marionetas.
Nesta companhia já foram produzidos variados espetáculos, e muitos deles continuam em cena. Todas as digressões, todos os espetáculos, são dignos de memória, de registo. Já apresentámos os nossos espetáculos em Portugal, Espanha, Andorra, França, Suíça, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, Itália, São Tomé e Príncipe e Moçambique.